Petro Poroshenko foi recebido pelo Presidente da República, no Palácio de Belém

Poroshenko e Marcelo de Sousa

O Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, realizou esta segunda-feira, 18 de Dezembro, uma visita oficial a Portugal, na qual teve encontros institucionais ao mais alto nível, com o objetivo de fortalecer a cooperação entre os dois países. A deslocação de Poroshenko a Portugal "permitirá reforçar os laços bilaterais e a cooperação entre os dois países, no ano em que se evoca o 25.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas" entre Lisboa e Kiev, segundo uma nota publicada na página da internet da Presidência portuguesa. Petro Poroshenko foi recebido com honras militares pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, onde os dois chefes de Estado tiveram um encontro oficial e fizeram declarações à imprensa.

O Presidente Poroshenko elogiou o apoio de Portugal à "soberania e integridade territorial" do país. "Portugal reconheceu a ocupação ilegal da Crimeia e reconheceu que a Rússia ocupou território ucraniano na região do Donbass [Leste do país]. Esta questão da segurança foi muito discutida entre nós, um trabalho efectivo entre os dois países e um apoio de Portugal à Ucrânia para a integração na União Europeia (UE)", assinalou o chefe de Estado ucraniano.

O aprofundamento das relações bilaterais nos domínios militar e de Defesa, os acordos assinados nas áreas da cultura, energia ou tecnologia de ponto, ou a contribuição ucraniana para o combate aos incêndios em Portugal foram temas também abordados na sua declaração. Poroshenko também agradeceu a "decisão estratégica, do parlamento e povo português, muito importante", relacionada com a decisão de reconhecer "a grande fome na Ucrânia [Holodomor, entre 1932-1933]" como "genocídio do povo ucraniano".

O apoio à comunidade ucraniana residente em Portugal e a possível construção de uma Casa da Ucrânia foram outros desejos manifestados por Poroshenko, que convidou o seu homólogo português para visitar oficialmente a Ucrânia, e que foi aceite, como confirmou.

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